O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (31) dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) que revelam um aumento na taxa de desemprego no Brasil.
No trimestre encerrado em fevereiro, a taxa média de desemprego foi de 8,6%, o que representa uma elevação de 0,5 ponto percentual em relação aos três meses anteriores. O número de desocupados cresceu 5,5%, totalizando 9,2 milhões de pessoas.
A coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, afirmou que esse aumento da desocupação ocorreu após seis trimestres de quedas significativas seguidas, que foram muito influenciadas pela recuperação do trabalho no pós-pandemia. Ela ainda explicou que o movimento de retração da população ocupada e a expansão da desocupação é ligado tanto às dispensas dos trabalhadores temporários que costumam ser contratados no fim do ano quanto à maior pressão do mercado de trabalho após o período de festas.
O percentual de nível de ocupação chegou a 56,4%, o que representa uma queda de 1 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Entre os ocupados, houve uma queda de 1,6%, com retração de 1,6 milhão de pessoas no mercado de trabalho.
Entre as categorias que mais perderam postos de trabalho, estão: empregados sem carteira no setor público (-14,6%), empregado sem carteira no setor privado (-2,6%) e o trabalhador por conta própria com CNPJ (-4,8%).
O contingente de desalentados, ou seja, aqueles que gostariam de trabalhar, mas que não buscaram trabalho por não entenderem que teriam êxito, somou 4 milhões de pessoas. A taxa de informalidade ficou estável, a 38,9%.
Por outro lado, o rendimento real habitual do brasileiro ficou estável em relação ao trimestre encerrado em novembro, em R$ 2.853. Houve aumento nos setores de alojamento e alimentação (6%, ou mais R$ 107) e serviços domésticos (2,6%, ou mais R$ 28), enquanto os outros estabilizaram no período de comparação.