O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou uma resolução que proíbe a prescrição médica de terapia hormonal e anabolizantes para fins estéticos, ganho de massa muscular e melhora do desempenho esportivo.
A medida não afeta pacientes diagnosticados com deficiência hormonal comprovada, desde que haja evidências científicas de benefícios com a reposição hormonal.
A resolução veta a utilização de testosterona sem comprovação diagnóstica de deficiência hormonal, assim como a prescrição de esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos e de melhora de desempenho esportivo.
Além disso, a medida proíbe a prescrição de hormônios divulgados como “bioidênticos”, em formulações “nano” ou nomenclaturas comerciais sem comprovação científica de superioridade clínica.
O CFM ressalta a inexistência de estudos clínicos de qualidade que demonstrem os riscos associados à terapia hormonal androgênica em níveis acima dos fisiológicos e alerta para os perigos potenciais do uso inadequado de hormônios e possíveis efeitos colaterais, mesmo com doses terapêuticas.
Entre os possíveis efeitos adversos estão problemas cardiovasculares, doenças hepáticas, transtornos mentais e comportamentais, e distúrbios endócrinos. A medida é apoiada por diversas sociedades médicas brasileiras, que pediram ao CFM a regulamentação do uso de esteroides anabolizantes e similares para fins estéticos e de performance.