De acordo com comunicado à imprensa americana, a Meta Platforms (META.O) está analisando uma nova rede social autônoma para compartilhamento de atualizações de texto. Mark Zuckerberg planeja concorrer com Elon Musk na área das redes sociais.
O objetivo é ampliar ainda mais o alcance do Facebook e do Instagram, que têm se mostrado muito mais eficazes na obtenção de receita de seus usuários do que o Twitter de Elon Musk.
A iniciativa da Meta faz sentido, uma vez que o Facebook e o Instagram têm maiores capacidades de alavancar recursos de seus utilizadores do que o Twitter. E o momento não poderia ser mais favorável, uma vez que a plataforma de Musk tem enfrentado desafios para se capitalizar.
Desde que Musk comprou o Twitter em outubro de 2022, a plataforma tem sido atormentada por dificuldades técnicas e fuga de anunciantes. E mesmo em seus melhores anos, o Twitter não passava do terceiro colocado em relação ao Facebook e ao Instagram quanto ao seu faturamento anual.
Contudo, os últimos anos têm sido difíceis também para o fluxo de caixa da Meta, que tem acumulado quedas consecutivas. Entretanto, ainda apresenta uma situação muito mais saudável do que o Twitter. Em 2021, cada um dos quase 3 bilhões de usuários ativos diários da Meta representou mais de US$40 em receita, em comparação com US$16 por usuário do Twitter. Isso comprova que Zuckerberg pode ter um modelo de negócios de maior sucesso quanto à monetização de usuários, em relação ao Twitter.
Entretanto, o que realmente promete capturar a atenção dos utilizadores e fãs de tecnologia e redes sociais será a incorporação dos algoritmos de inteligência artificial às ferramentas e plataformas existentes.
A corrida para oferecer a melhor solução de IA do mercado está cada vez mais emocionante. As Big Techs, com seus excêntricos donos, não têm poupado dólares, recursos humanos e tecnológicos nessa maratona.
Acontece que essa corrida em busca do sucesso no novo mercado que as ferramentas de IA geram tem deixado as discussões acerca da regulamentação do uso e funcionamento das IAs um pouco ofuscadas. Essa é uma discussão que carece da mais absoluta atenção de forma imediata, antes que certos padrões e diretrizes sejam adotados sem um consentimento geral, e seja absurdamente oneroso voltar atrás para adequações e correções.
Esse é um assunto que deveria ser foco de atenção das universidades, deveria ser discutido nas salas de aulas dos grandes institutos de tecnologia assim como nos grandes parlamentos mundiais, uma vez que esse tema não só é de interesse mundial como pode acarretar em riscos reais para toda a humanidade.
Não se trata do risco do surgimento de um “Exterminador do Futuro”, mas sim do risco de usos indevidos e inapropriados desse tipo de tecnologia para promover guerras ideológicas e físicas, terrorismo, ameaças e principalmente cyber ataques.
O uso de inteligência artificial ainda é um tema controverso e sem qualquer regulamentação, mas seu uso tem sido ampliado e a corrida das Big Techs pela melhor solução, só prova que podemos estar sim “colocando o carro na frente dos bois”.
Colunista de assuntos de tecnologia do UDataNews