Presidente questiona justificativa para Selic em 13,75% e aponta vergonha no aumento da taxa
O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva não perdeu a oportunidade de dar sua opinião sobre a economia do país e criticou a atual taxa básica de juros, a Selic, durante a posse de Aloizio Mercadante como presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“Como justificar uma taxa de juros a 13,75%? É só ler a ata do Copom para entender a vergonha dessa alta e a justificativa dada à sociedade brasileira”, afirmou Lula.
A Selic tem sido mantida em 13,75% desde agosto de 2022 e na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, em fevereiro de 2023, manteve-se pela quinta vez consecutiva.
No encontro, o Copom justificou sua decisão devido à conjuntura incerta, especialmente no âmbito fiscal, e à expectativa de inflação distante da meta em horizonte mais longo.
Apesar das críticas de Lula, o Copom explicou que a manutenção da Selic por um período prolongado é necessária para conduzir a política monetária. Essa é a taxa mais alta desde janeiro de 2017 e a última vez que atingiu valores mais elevados foi entre outubro e novembro de 2016, quando chegou a 14% ao ano.
A taxa de juros é um instrumento importante na economia, pois pode controlar a inflação ou estimular o crescimento. Quando a inflação está alta, o Banco Central aumenta os juros para desestimular o consumo e diminuir os preços. Quando está baixa, o BC reduz os juros para estimular o consumo. Autoridades monetárias buscam um equilíbrio entre esses fatores para evitar a recessão.