O presdente executivo da Amazon, Andy Jassy, anunciou nesta segunda-feira (20) que mais 9 mil demissões serão realizadas já nas próximas semanas. A primeira rodada de cortes da empresa ocorreu em novembro de 2022, onde cerca de mais de 10 mil funcionários foram demitidos pela modalidade de layoff.
O layoff é uma modalidade de demissão que não requer justificativas. Se enquadra em uma suspensão temporária do contrato de trabalho. Geralmente é utilizada por empresas em situações de crise econômica, dificuldades financeiras ou necessidade de reestruturação. Os trabalhadores dispensados em layoffs têm seus contratos de trabalho suspensos sem a necessidade de justificativa ou aviso prévio e, portanto, deixam de receber seus salários e perdem o vínculo com a empresa.
Em alguns países, os trabalhadores afetados pelas layoffs podem receber algum tipo de compensação financeira ou auxílio goveernamental, a fim de minimizar o impacto da suspensão repentina de suas atividades profissionais.
Cabe destacar que as regras e condições para a aplicação do layoff variam de acordo com a legislação trabalhista de cada país. No Brasil, o layoff é regulamentado pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e envolve a suspensão temporária do contrato de trabalho, com o objetivo de preservar empregos e garantir a manutenção da atividade econômica.
A decisão da Amazon foi comunicada pelo presidente executivo da empresa, Andy Jassy, nesta segunda-feira (20). No início deste ano, Jassy confirmou que cortaria pelo menos 18 mil postos.
“Após concluir a segunda fase de nosso plano operacional (‘OP2’) na semana passada, escrevo para compartilhar que pretendemos eliminar aproximadamente 9.000 posições a mais nas próximas semanas — principalmente em AWS, PXT, Publicidade e Twitch“, afirma ele no comunicado oficial da empresa.
“Esta foi uma decisão difícil, mas acreditamos ser a melhor para a empresa a longo prazo“, complementa.
Essa onda de layoffs levanta diversas suspeitas a cerca das condições financeiras e operacionais de grandes empresas como Google, Meta, Twiiter, Amazon e tantas outras que tem praticado dispensas sob o regime de layoff nos últimos anos.
Em meio as recentes turbulências que tem levado grandes bancos a fecharem suas operações, esses desligamentos em massa levanta mais preocupação e dúvidas. Quão séria pode ser a situação econômica mundial neste momento, de modo a fazer essas empresa optarem por uma redução de seus quadros e consequente enxugamento de custos?
Uma situação interessante de se observar também é que algumas dessas empresas, ao mesmo tempo que estão a realizar dispensas em massas sob o regime de layoffs, estão a contratar quase que o mesmo número de contingente para as mesmas vagas e posições dispensadas porém com salários, em média, 30% menores, conforme apontado por pesquisa da plataforma Linked, rede social voltada ao âmbito profissional.
Esses sinais confusos das grandes coorporações deixam dúvidas e insegurança quanto a realidade dos fatos, ou seja, sobre qual será o verdadeiro motivo dessas dispensas em massa. Seria uma antecipação a uma grave crise financeira, sem precedentes, ou apenas uma ação estratégica de cortes salariais por meio da dispensa de funcionários mais antigos, com salários mais altos para a contratação de recursos mais jovens com salários menores?
Se qual for a situação, é realmente preocupante observar a quantidade de demissões que tem ocorrido nos últimos tempos. O impacto que esses cortes acarretam na vida dos trabalhadores, suas famílias e na economia é algo a se considerar. A situação se torna ainda mais alarmante em um contexto de crise econômica e incertezas no mercado de trabalho. Empresas e sociedade como um todo devem se mobilizar para encontrar soluções e alternativas que possam minimizar os efeitos desses layoffs, de modo a promover o bem-estar e a estabilidade para os profissionais afetados.