Para a baixa renda, o número sobe para 46%, diz pesquisa da Elo
Alimentação e combustível representam 41% do orçamento dos brasileiros, de acordo com pesquisa divulgada nesta quarta-feira (16) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A pesquisa aponta que, em 2022, a alimentação comprometeu 18,8% do orçamento das famílias e o combustível, 22,2%.
Os dados mostram que, desde 2014, quando a inflação começou a subir, a parcela do orçamento destinada à alimentação vem se mantendo estável, com pequenas variações. Já os gastos com combustível têm crescido ano a ano, desde 2017. Em 2021, o aumento foi de 1,1 ponto percentual em relação ao ano anterior.
A pesquisa também destacou que a alta nos preços dos alimentos e do combustível tem afetado mais as famílias de baixa renda. Em 2022, as famílias com renda de até dois salários mínimos destinaram 24,2% do orçamento para alimentação e 28,6% para combustível. Já as famílias com renda acima de 25 salários mínimos destinaram, respectivamente, 6,2% e 1,6% do orçamento para essas despesas.
O levantamento ainda aponta que os gastos com saúde (9,5%) e habitação (8,4%) são as outras principais despesas das famílias brasileiras. As despesas com educação (5,2%) e transporte (4,3%) aparecem na sequência.
Com o aumento dos preços de alimentos e combustíveis, muitas famílias têm tido dificuldade em manter o equilíbrio financeiro. Especialistas alertam que, nesse cenário, é importante planejar as compras e adotar medidas para economizar, como a busca por promoções, a redução do consumo de energia e água, e o uso de transporte público ou alternativas mais econômicas.