Um cristão idoso sofreu tortura por 24 horas nas mãos da polícia local chinesa. O caso é chocante e soma-se aos inúmeros outros de perseguição religiosa enfrentada por cristãos na China, onde a liberdade de culto é frequentemente restringida e violada.
Por motivo de segurança, a identidade do idoso não foi revelada. Ele foi detido e brutalmente torturado por 24 horas pela polícia chinesa, por ter participado de atividades religiosas não autorizadas pelo governo. O atual paradeiro e estado de saúde do idoso cristão são desconhecidos no momento.
O incidente destaca mais uma vez a grande perseguição enfrentada por cristãos em toda a China. Muitos são forçados a escolher entre a prática de sua fé ou obediência às restrições do governo, sob pena de perderem a vida. A perseguição aos cristãos e outros grupos religiosos no país é um tema de preocupação constante para organizações internacionais de direitos humanos e liberdade religiosa. Entretanto, pouco se fala, pouco se faz e menos ainda se repercutem tais situações.
A China possui um triste histórico de grande perseguição a grupos religiosos, em sua maioria cristãos, mas também a muçulmanos e budistas tibetanos. A prática da fé cristã na China é controlada pelo estado, que permite apenas igrejas registradas e aprovadas pelo governo.
O governo chinês também é acusado, por cristãos, de alterar trechos da sua escritura sagrada, a Bíblia. De acordo com cristão chineses, o governo modificou, significativamente, uma passagem da Bíblia em um livro didático amplamente usado nas escolas do país. A alteração, que distorce o significado original do texto bíblico, é vista como uma tentativa de adaptar o conteúdo religioso aos valores e à ideologia do Partido Comunista Chinês.
A passagem alterada pelo governo chines é encontrada no Evangelho de João, onde Jesus salva uma mulher adúltera de ser apedrejada. No livro didático chinês, no entanto, a história foi alterada, de modo que Jesus mata a mulher, por apedrejamento, em vez de salvá-la. Essa distorção preocupa cristãos e estudiosos, que veem a medida como um ataque à liberdade religiosa e à integridade das Escrituras.
A adulteração de textos religiosos, sejam eles quais forem, é um exemplo preocupante do controle exercido pelo estado sobre a fé e a educação das pessoas. Essa situação levanta questões sobre a liberdade de expressão e autonomia das comunidades religiosas na China, à medida que o Estado impõem sua ideologia, controle e interpretação de textos sagrados.
As organizações de direitos humanos, assim como a comunidade internacional, devem permanecer atentas e pressionar a China a respeitar a liberdade religiosa e os direitos humanos de seus cidadãos. É crucial garantir que a liberdade de crença e prática religiosa seja preservada para promover a dignidade humana e o respeito às diferenças culturais e espirituais em todo o mundo.
Colunista de assuntos de religião do UDataNews