Na última terça-feira (21), a cidade de Sinop, no estado de Mato Grosso, foi palco de uma cena pavorosa. Dois homens, identificados como Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, e Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, mataram sete pessoas em um bar, incluindo uma menor de idade de apenas 12 anos.
As sete vítimas foram identificadas como Larissa Frazão de Almeida, de 12 anos; Maciel Bruno de Andrade, de 35 anos; Josué Ramos Tenório, de 48 anos; Getúlio Rodrigues Frazão Júnior, de 36 anos; Adriano Balbinote, de 46 anos; Orisberto Pereira Sousa, de 38 anos; e Elizeu Santos da Silva, de 47 anos, que morreu no hospital.
Segundo informações divulgadas pela polícia, os dois homens estavam jogando sinuca com as vítimas e teriam perdido uma quantia significativa de dinheiro no jogo. Após serem alvo de piadas por parte dos outros jogadores, os dois decidiram ir embora do local em uma caminhonete branca. No entanto, eles não tardaram a retornar, armados com uma pistola 38 e uma espingarda calibre 12. As vítimas foram colocadas contra uma das paredes do estabelecimento e receberam diversos disparos. Quando a polícia chegou ao local, seis das vítimas já estavam mortas, sendo que uma delas ainda estava viva e foi socorrida pelos bombeiros, mas acabou falecendo no hospital regional.
A polícia iniciou uma investigação imediatamente após o crime e, na noite de quarta-feira (22), conseguiu apreender a caminhonete, as armas e as munições utilizadas na chacina. Horas depois, Ezequias Souza Ribeiro foi morto ao entrar em confronto com a polícia em uma área de mata afastada do centro da cidade. Já na manhã de quinta-feira (23), Edgar Ricardo de Oliveira foi localizado e preso em uma residência no bairro Jardim Califórnia.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, classificou a chacina como um crime “brutal” e relacionou o caso com a política armamentista do país. Em sua conta oficial nas redes sociais, o ministro escreveu: “Mais um resultado trágico da irresponsável política armamentista que levou à proliferação de ‘clubes de tiro’, supostamente destinados a ‘pessoas de bem’ (como alega a extrema-direita)”.
O caso chocou a cidade de Sinop e todo o país, levantando mais uma vez o debate sobre o controle de armas no Brasil. A posse e o porte de armas são permitidos no país, mas há uma série de requisitos e procedimentos que devem ser seguidos para sua obtenção. No entanto, o fácil acesso a armas de fogo e a cultura da violência que assola o país são apontados como fatores que contribuem para a ocorrência de tragédias como essa.
As investigações sobre o caso ainda estão em andamento, e é importante que as autoridades continuem trabalhando para esclarecer todas as circunstâncias e motivações do crime. Além disso, é preciso repensar a política de controle de armas no Brasil e adotar medidas mais eficazes para combater a violência armada, garantindo a segurança da população e a proteção dos direitos humanos.
(Informações fornecidas pela CNN e Reuters)