O estado de São Paulo registrou um aumento de 15% nos casos de tuberculose entre 2020 e 2022, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Nos últimos cinco anos, foram identificados mais de 91,6 mil casos da doença em todo o estado, com 4,1 mil casos registrados até o momento em 2023. Na capital paulista, foram notificados 960 novos casos da doença até o final de fevereiro de 2023, em comparação com cerca de 4 mil casos no mesmo período do ano anterior.
A tuberculose é uma doença que pode afetar qualquer órgão ou sistema do corpo humano e é caracterizada pela transmissão por vias aéreas. A forma mais comum da doença é a manifestação pulmonar, que é transmissível de uma pessoa para outra. A forma extrapulmonar, que afeta outros órgãos que não o pulmão, ocorre com mais frequência em pessoas vivendo com HIV, especialmente aquelas com comprometimento imunológico.
A Mycobacterium tuberculosis, conhecida como bacilo de Koch, é a bactéria causadora da tuberculose e pode permanecer no ambiente por um longo período, especialmente em casas com pouca ventilação. Ambientes arejados e com a incidência de luz natural direta diminuem os riscos de transmissão. A etiqueta respiratória, que ficou conhecida como medida de prevenção à Covid-19, também pode ser incorporada no caso da tosse causada pela tuberculose. Cobrir a boca com o antebraço ou lenço descartável ao tossir também é uma das medidas preventivas.
A vacina BCG é indicada para prevenir as formas graves de tuberculose e está disponível em toda a rede pública para população de até 4 anos de idade, de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação definido pelo Ministério da Saúde. A taxa de cobertura vacinal atual no estado de São Paulo é de 82,6%, com uma meta de 90%, de acordo com a Secretaria de Saúde. A atualização da caderneta e a adesão às campanhas são medidas importantes para aumentar a proteção do indivíduo e da população como um todo.
A Secretaria de Saúde destaca que o governo estadual atua na busca ativa de novos casos, no monitoramento epidemiológico e no treinamento dos profissionais de saúde para o manejo adequado dos pacientes. É importante que a população fique atenta aos sinais da doença, como tosse persistente, febre, sudorese noturna e perda de peso, e busque atendimento médico ao primeiro sinal de sintomas. A tuberculose tem cura e o tratamento deve ser feito corretamente para evitar a evolução da doença e a transmissão para outras pessoas.