O chanceler alemão, Olaf Scholz, afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, não está pronto para negociações de paz em relação à Ucrânia. A declaração foi dada após reunião com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Kiev, na última quarta-feira (1º).
Scholz afirmou que a Alemanha e a França continuarão a pressionar Putin para que ele ajude a encerrar o conflito na Ucrânia, mas disse que acredita que o líder russo não está disposto a chegar a um acordo no momento. O chanceler alemão também disse que a Ucrânia tem o direito de se unir à União Europeia e à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) se desejar, mas que a decisão cabe ao país.
A tensão entre a Rússia e a Ucrânia vem aumentando desde 2014, quando a Rússia anexou a península da Crimeia, que pertencia à Ucrânia. Desde então, grupos separatistas pró-russos se levantaram no leste da Ucrânia, o que resultou em um conflito armado que já deixou mais de 13 mil mortos.
Os dois países concordaram em um cessar-fogo em 2015, mas a violência continua esporadicamente. A situação piorou no final de 2021, quando a Rússia acumulou tropas perto da fronteira ucraniana e os combates se intensificaram.
A Ucrânia acusou a Rússia de enviar tropas e armamentos para apoiar os separatistas, enquanto a Rússia nega qualquer envolvimento. As tensões aumentaram ainda mais após a Ucrânia acusar a Rússia de bloquear a passagem de navios ucranianos pelo Estreito de Kerch, que liga o Mar Negro ao Mar de Azov.
Os Estados Unidos e a União Europeia impuseram sanções econômicas à Rússia em resposta à anexação da Crimeia e ao envolvimento no conflito na Ucrânia. Desde então, a situação tem sido objeto de conversas diplomáticas e negociações de paz.
Em janeiro de 2022, os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da Rússia, Vladimir Putin, realizaram uma conversa telefônica para discutir a situação na Ucrânia e as relações entre os dois países. No entanto, as tensões continuaram a aumentar e a Ucrânia pediu apoio militar dos Estados Unidos e de outros países ocidentais.
O Brasil tem mantido sua posição não intervencionista e favorárel a negociações de paz e com isso tem obtido destaque na diplomacia internacional entretanto, a situação na Ucrânia continua tensa e a declaração de Scholz sugere que não há solução à vista no momento. A comunidade internacional, incluindo a Alemanha e a França, continuam a pressionar a Rússia a buscar uma solução pacífica para o conflito na Ucrânia.