O Ministro da Economia, Fernando Haddad, participa da cúpula do G20 na Índia, onde se encontrou com ministros de finanças e presidentes de bancos centrais de todo o mundo. A comitiva brasileira enfrentou uma jornada exaustiva para chegar ao evento. Tendo saído do Brasil na quarta-feira por volta de uma hora da manhã, passou por 25h de vôo até fazer escala de 5h em Dubai antes de chegar em Bangalore hoje, por volta das nove horas da manhã, onde ocorre a cúpula.
A equipe brasileira presente no evento é liderada pelo Ministro Fernando Haddad, acompanhado pelo assessor internacional do Ministério da Economia, Matias Alencar, e pela Secretária de Assuntos Internacionais, Tatiana Rosito. Eles já estão circulando pelas salas do G20, onde ocorrem os congressos, e hoje à noite devem participar de um jantar com os outros ministros da economia presentes no evento.
Amanhã, há uma agenda cheia de reuniões e encontros bilaterais com ministros de países como Espanha, França, Índia, Argentina, África do Sul e União Europeia. O destaque será a presença do representante da União Europeia, que tratará sobre a transição para uma economia verde. Ainda não se sabe se haverá discussões sobre o Fundo Amazônia, mas é improvável que o acordo entre o Mercosul e a União Europeia seja um dos principais tópicos de discussão.
O Brasil assumirá a liderança do G20 a partir de 2024, e todos os ministros presentes estão atentos às falas do país para entender como será essa liderança. A equipe econômica brasileira pretende mostrar ao mundo que o país voltará a ter uma atuação protagonista, como ocorreu durante a crise de 2008, apesar dos desafios atuais, como a crise fiscal e a perspectiva de crescimento abaixo de 1% este ano.
Economistas avaliam que o desafio para o Brasil será conseguir ter o protagonismo pretendido diante dos problemas internos, como a crise fiscal e a baixa perspectiva de crescimento (menos de 1%). Enquanto isso, em meio ao embate entre a equipe econômica, o Presidente Lula e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, discute-se mundialmente qual seria a melhor medida a ser tomada em relação aos índices de meta de inflação e taxas de juros.