A jornalista Giuliana Morrone foi demitida da TV Globo após 34 anos de casa. Ela trabalhava como repórter e apresentadora de telejornais da emissora, atuou como âncora do Jornal Nacional (JN) dentre outros trabalhos. A notícia foi confirmada em suas redes sociais, onde a jornalista disse que sempre teve paixão pelo jornalismo e que seguirá em busca de novos desafios. A TV Globo também confirmou a demissão em nota oficial, agradecendo à jornalista pelos anos de dedicação à empresa. Não foram divulgados detalhes sobre os motivos da demissão.
A notícia surpreendeu muitos dos seus colegas e fãs, que acompanham seu trabalho há décadas. Morrone, que é formada em Jornalismo pela Universidade de Brasília, iniciou sua carreira na TV Globo em 1987, como estagiária. Desde então, ela trabalhou em diversos programas, como o Jornal Nacional, o Jornal Hoje e o Bom Dia Brasil.
Durante sua longa carreira na Globo, Morrone cobriu importantes eventos nacionais e internacionais, como a eleição de Barack Obama nos Estados Unidos, a Guerra do Iraque e a crise política brasileira dos últimos anos. Ela também foi responsável por coberturas de destaque na área de economia, como a crise econômica de 2008 e as negociações do governo brasileiro com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Além disso, Morrone também trabalhou em programas de entretenimento, como o Vídeo Show, onde apresentou uma série sobre as cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. Em 2018, ela assumiu a bancada do Jornal das Dez, na GloboNews, onde ficou por três anos.
No entanto, a demissão de Morrone chamou a atenção de muitos jornalistas e fãs da emissora, que se perguntam por que a Globo está demitindo jornalistas com tanto tempo de casa. A saída de Morrone se soma a outras demissões recentes na emissora, como a de Tino Marcos, que também deixou a Globo após mais de 30 anos de trabalho e a de Cléber Machado comentarista esportivo com 20 anos de casa.
Alguns especialistas apontam que a demissão de jornalistas veteranos da Globo faz parte de uma estratégia da emissora para se adaptar aos novos tempos do jornalismo, marcados pelo crescimento do digital e das redes sociais. Segundo eles, a Globo estaria investindo em novos talentos e em novas formas de produzir conteúdo, para se manter competitiva em um mercado cada vez mais disputado. Para fazer frente a concorrentes como CNN Brasil que conta com apresentadores mais jovens, a Globo investe em uma estratégia de renovação de seu elenco abrindo mão de profissionais experiêntes e muito conhecidos do público.
Outra explicação para a demissão de Morrone e de outros jornalistas veteranos da Globo é a crise econômica que atinge a emissora desde 2014. A Globo, assim como outras empresas, tem enfrentado dificuldades financeiras nos últimos anos, o que pode ter levado a emissora a cortar gastos e reduzir seu quadro de funcionários. Perde-se profissionais experientes que por isso recebem salários mais altos e contrata-se outros mais jovens por salários bem menores.
De qualquer forma a onda de demissões da Globo é um sinal de que a emissora está passando por mudanças importantes. Resta saber como ela vai se adaptar aos novos tempos do jornalismo e como irá lidar com as críticas dos fãs e dos profissionais do meio que tem se manifestado negativamente.
A pergunta que fica é: a Globo está abrindo espaço para novos talentos ou cortando custos para se manter competitiva em um mercado em transformação? A resposta, por enquanto, é incerta, mas uma coisa é certa: a saída de Giuliana Morrone da emissora marca o fim de uma era na TV brasileira, assim como a saída de Tino Marcos e Cleber Machado. Resta aguardar para saber quem serão os próximos.