O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em uma entrevista na segunda-feira (08/03) que o poder judiciário deveria exigir que as empresas paguem salários iguais para homens e mulheres.
Lula criticou a desigualdade salarial entre homens e mulheres no país e disse que a responsabilidade de corrigir essa situação não pode ser deixada apenas para trabalhadores e empresários.
“Acho que o poder judiciário deveria ser o grande defensor da igualdade salarial“. “As empresas deveriam ser obrigadas a pagar salários iguais para homens e mulheres. Não é possível que uma mulher ganhe menos do que um homem pelo mesmo trabalho.”, disse Lula em entrevista à rádio Guaíba.
A desigualdade salarial entre homens e mulheres é um problema global, mas é especialmente grave no Brasil. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres brasileiras ganham em média 77,7% do salário dos homens. Lula disse que irá lutar por uma legislação mais rigorosa para garantir a igualdade salarial.
“É preciso ter coragem para enfrentar esse problema. Eu não acho que seja justo que as mulheres brasileiras ganhem menos do que os homens pelo mesmo trabalho. Isso precisa mudar“, afirmou.
As declarações de Lula foram bem recebidas por grupos feministas e defensores dos direitos das mulheres.
“A igualdade salarial é uma questão fundamental para a justiça social e a democracia. É ótimo ver um líder político tão importante se comprometendo a lutar por essa causa”, disse Maria das Neves, presidente da Rede Feminista de Saúde.
No entanto, a proposta de Lula também gerou críticas. Alguns empresários argumentam que a medida seria difícil de implementar e poderia levar a demissões em massa.
“É importante garantir a igualdade salarial, mas isso não pode ser feito de forma arbitrária. As empresas precisam de flexibilidade para adaptar seus salários às condições do mercado“, disse João Carlos, presidente da Confederação Nacional da Indústria.
Apesar das críticas, Lula parece determinado a continuar defendendo a igualdade salarial.
“Eu acredito que essa é uma questão de justiça. As mulheres brasileiras merecem ser tratadas com o mesmo respeito e dignidade que os homens”, concluiu.