Uma nova profissão que promete bons salários e não exige diploma universitário está se tornando febre nos Estados Unidos e acabou de chegar ao Brasil. Trata-se do “Gig Worker”, um profissional que presta serviços temporários para empresas, através de plataformas digitais. Segundo uma pesquisa da Paypal, o mercado de gig workers deve crescer 10% ao ano até 2023, movimentando cerca de US$ 455 bilhões em todo o mundo.
No Brasil, a profissão ainda é recente e tem um nome em português: “trabalhador autônomo digital”. A atividade envolve serviços de diversas áreas, como design, programação, redação, tradução, marketing digital, entre outros. Para se tornar um gig worker, não é necessário ter um diploma universitário, mas é fundamental ter habilidades específicas em uma determinada área de atuação.
Os ganhos podem variar de acordo com a demanda e a especialização do profissional. Em média, um gig worker pode ganhar até R$ 12.740 por mês, de acordo com a consultoria Workana. Isso acontece porque, além de trabalhar com empresas de diferentes segmentos, o profissional pode prestar serviços para pessoas físicas, ampliando sua carteira de clientes e, consequentemente, sua renda.
Segundo o CEO da Workana, Guillermo Bracciaforte, a profissão tem um grande potencial de crescimento no Brasil. “Acredito que muitos profissionais que se encontram desempregados ou procurando por uma nova oportunidade de trabalho podem se beneficiar do modelo de trabalho como gig worker, já que há muita demanda por esse tipo de serviço”, afirmou em entrevista à Jovem Pan.
Porém, Bracciaforte destaca que é importante que os profissionais tenham habilidades específicas e conhecimento sobre como trabalhar em plataformas digitais para se destacar no mercado. Além disso, é fundamental ter uma boa comunicação e cumprir prazos para conquistar e fidelizar clientes.
Apesar das vantagens financeiras, é importante ressaltar que a profissão também tem seus desafios. Como o profissional trabalha de forma autônoma, é preciso ter disciplina e organização para cumprir as tarefas dentro do prazo e garantir a qualidade do trabalho entregue. Além disso, é importante ter em mente que, como não há vínculo empregatício, não há benefícios como férias remuneradas, décimo terceiro salário e plano de saúde.
Apesar disso, a profissão de gig worker tem se mostrado uma alternativa interessante para quem busca flexibilidade e autonomia na carreira. Com a possibilidade de trabalhar de casa ou em qualquer lugar com acesso à internet, o profissional pode conciliar seu trabalho com outras atividades e ter mais qualidade de vida. A tendência é que o mercado de gig workers cresça cada vez mais nos próximos anos, oferecendo novas oportunidades para profissionais de diversas áreas.