Autoridades federais norte-americanas anunciaram medidas emergenciais para garantir a estabilidade do sistema bancário do país, após o colapso do Silicon Valley Bank (SVB) e a ameaça de colapso do Signature Bank.
O Departamento do Tesouro e os reguladores federais garantiram que não haveria risco sistêmico para o setor bancário como um todo, buscando impedir uma corrida aos bancos pequenos ou regionais dos EUA.
As medidas emergenciais incluem garantia de depósitos dos clientes do SVB e do Signature Bank, por meio de mecanismos de seguro federal, e o compromisso do governo Biden de responsabilizar totalmente os culpados pela falência dos bancos e fortalecer a supervisão e regulamentação de bancos maiores.
O anúncio das medidas emergenciais foi feito após a falência do SVB, que se deu em um período de 48 horas. A rapidez do acontecimento gerou ansiedade e preocupações com a saúde do setor financeiro. Autoridades federais buscaram amenizar as preocupações da população e empresas americanas, destacando que seus depósitos bancários estarão disponíveis quando precisarem.
O presidente Joe Biden planeja falar sobre o plano de emergência de seu governo para conter a falência dos dois bancos, destacando que a economia é resiliente, mas ainda vulnerável.
O drama do SVB invocou fantasmas do passado, como a crise financeira de 2008, e gerou raiva por resgates concedidos a banqueiros ricos que causaram o pior desastre financeiro desde a década de 1930.
O acontecimento gerou um jogo de culpa política, com republicanos acusando Biden de desencadear uma onda de gastos de vários trilhões de dólares que causou alta inflação e forçou o Federal Reserve a uma estratégia de alta taxa de juros que tornou alguns bancos mais vulneráveis.
Alguns também criticaram as autoridades federais pelo fracasso em evitar o colapso do SVB em primeiro lugar, enquanto outros culpam os executivos do SVB por estarem mais interessados em treinamento de diversidade e inclusão do que em altas finanças.
Apesar disso, as autoridades federais se comprometeram a garantir a estabilidade do sistema bancário, buscando evitar uma crise financeira verdadeiramente ameaçadora.
As medidas emergenciais adotadas até o momento parecem ter amenizado o estresse imediato nos mercados financeiros, mas ainda é cedo para dizer se o governo será forçado a tomar medidas mais abrangentes.
A situação é sensível e estabelece um novo teste de credibilidade econômica para o governo Biden, marcado por lidar com a alta inflação.