A Polícia Federal do Brasil liderou uma grande operação na sexta-feira (10/2) para proteger a terra indígena Yanomami e acabar com o garimpo ilegal na região. Nomeada de Operação Libertação, a equipe de segurança tem como objetivo destruir a infraestrutura dos garimpeiros e buscar provas, além de facilitar a saída de todos os não indígenas do território.
No início deste ano, estima-se que cerca de 15.000 garimpeiros ocupavam a região Yanomami. “O objetivo das ações é a logística do crime e o registro da materialidade delitiva, e não as pessoas envolvidas, para evitar dificuldades na saída dos não índios da terra Yanomami e uma eventual crise humanitária dos garimpeiros”, explicou o chefe da Diretoria de Meio Ambiente e Amazônia da Polícia Federal, Humberto Freire.
A Operação Libertação é uma parceria entre o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente, a Fundação Nacional do Indígena, a Força Nacional e o Ministério da Defesa. Na última quarta-feira (8/2), uma força-tarefa do governo federal destruiu equipamentos de garimpo ilegal, incluindo um helicóptero, um avião, um trator de esteira e estruturas logísticas. Além disso, a equipe apreendeu armas e barcos com cerca de 5.000 litros de combustível.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou que cerca de 500 membros da Polícia Federal, Força Nacional e Forças Armadas foram enviados ao território Yanomami para iniciar a desintrusão. Dino estima que cerca de 80% dos garimpeiros devem sair voluntariamente antes da chegada das forças policiais. “Haverá afastamento compulsório de quem não saiu, incluindo apreensão de equipamentos, destruição de equipamentos, destruição de pistas clandestinas e prisão em flagrante de quem eventualmente ainda estiver na região”, disse Dino na segunda-feira (6/2).