Nesta sexta-feira (10/2), o presidente Lula se reunirá com o presidente americano Joe Biden em sua primeira visita à Casa Branca desde a posse de Biden. Este é um momento importante para o Palácio do Planalto, pois é mais uma etapa do esforço de Lula para mostrar que o Brasil voltou ao jogo diplomático mundial.
A viagem, embora sem grandes anúncios previstos, tem o objetivo de ser vista como uma demonstração de força das duas democracias, diante das recentes ameaças personificadas por Donald Trump e Jair Bolsonaro. Além disso, a viagem é estratégica para o Palácio do Planalto, como uma maneira de mostrar que o Brasil já não é mais um “pária” na cena global.
Um dos anúncios prováveis da viagem é a adesão dos Estados Unidos ao Fundo Amazônia. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, se reunirá com o enviado especial para o clima, John Kerry, no Salão Oval da Casa Branca, com Biden e Lula. O presidente americano comprometeu-se em sua campanha a aportar recursos na defesa da Amazônia, mas ainda não havia clareza se isso seria pela constituição de um novo fundo ou adesão ao já existente.
A guerra na Ucrânia também deverá ser um tema de tensão no encontro. O governo americano gostaria que o Brasil fornecesse armamentos para a Ucrânia, o que já foi negado por Lula. Em declarações recentes, Lula afirmou que não acredita que Biden venha a convidá-lo para participar do esforço de guerra pela Ucrânia, já que o Brasil não participará.
Antes de se reunir com Biden, Lula conversará com o senador Bernie Sanders e outros políticos do Partido Democrata, incluindo a deputada Alexandria Ocasio-Cortez, de Nova York. Lula também terá uma reunião com representantes da Federação Americana de Trabalho e Congresso de Organizações Industriais (AFL-CIO).
A visita de Lula à Casa Branca é um marco para a retomada da diplomacia brasileira e será acompanhada de perto por representantes do Brasil e dos Estados Unidos. O encontro dos dois presidentes acontecerá às 15h30 horário de Washington, 17h30 horário de Brasília.